Hoje não vou dar dicas, nem falar das minhas experiências. Já é hora de ir desacelerando o passo e encher o peito de bons sentimentos.
Não tem nada mais frustrante do que entrar em uma loja e ficar perdido. Olhar para as gôndolas e não identificar uma coerência naquilo que é apresentado, passear pelos corredores como se eles formassem um labirinto e ficar confuso com a disposição espacial do ambiente são experiências terríveis.
Quando isso acontece não é só o consumidor que sai perdendo, o comerciante também! Afinal, esses fatores só prejudicam as vendas e o relacionamento com a marca.
O cuidado com a organização do estabelecendo, definitivamente, não é apenas para empresas grandes ou lojas com amplas áreas internas. Nada disso! Os pequenos negócios devem ficar ainda mais atentos à apresentação do ponto de venda. Um dos motivos é que em espaços reduzidos pode ser um pouco mais difícil transmitir uma imagem de profissionalismo.
Todos os produtos devem estar em seu devido lugar. As gôndolas devem permanecer abastecidas e livres de poeira. A sinalização e a comunicação visual precisam ser atrativas, mas comedidas para não criar uma sensação de “aperto”. A vitrine tem de mostrar a personalidade do negócio e a ambientação como um todo deve seduzir e induzir o consumidor à compra. De acordo com estudos do Sebrae-SP, a aplicação do Visual Merchandising ajuda a maximizar as vendas entre 12% e 40%.
A melhor atitude é contratar um profissional especializado nessa técnica. Porém, algumas medidas básicas já podem fazer uma bela diferença, inclusive nos resultados. Veja algumas dicas a seguir.
Como organizar o ponto de venda
Fonte: Studio Gascoigne.
1. Comece pelo lado de fora: Postes, árvores, praças, estabelecimentos chamativos ao lado, pintura desgastada, calçada esburacada. O que mais está impedindo seu negócio de aparecer? Procure driblar os problemas que não podem ser simplesmente arrancados, como os postes e árvores que ficam bem em frente da entrada. Use placas ou luminosos que possam ser vistos sobre outros ângulos. Capriche na vitrine e aplique revestimentos, acabamentos e pinturas que atualizem a presença da loja no cenário onde está instalada. Use a abuse da iluminação, principalmente para aquele destaque durante a noite. Enfim, utilize a fachada para comunicar a mensagem certa e encantar qualquer um que passe por ela
2. Organize por temas e case produtos: Os setores devem ser bem definidos e comunicados por meio de uma sinalização intuitiva. Nas gôndolas os produtos da mesma categoria (como laticínios, artesanatos e papelaria) devem estar próximos seguindo sempre uma sequência lógica. Para facilitar e induzir a compra de outros itens faça associações pertinentes. Assim, se você tem uma seção de confeitos para festa, por exemplo, coloque perto artigos como bexigas, velas de aniversário e copos plásticos decorados.
3. Planeje o trajeto do cliente: Qual o caminho ideal que o cliente tem de fazer dentro do seu estabelecimento? Quais os primeiros produtos que precisam ser vistos? Por onde as pessoas devem caminhar? Organize as gôndolas de modo coerente e monte uma boa sinalização para ajudar no trajeto. Essa dica visa não só induzir a compra, como também assegurar um fluxo descomplicado.
4. Não à poluição Visual: Claro que você vai querer chamar atenção para tudo, mas isso não é possível visualmente falando. Crie um clima harmônico, com contrastes de cores, setores e ambientações. Mantenha uma comunicação visual atrativa e funcional, sem exageros! Trabalhe com campanhas ou promoções para dar destaque a determinados produtos, dessa forma você evitará a falta de foco.
5. Priorize as prioridades: Parece redundante, mas em muitos casos não é. Já conheci muitos negócios que sabiam quais eram seus apelos mais fortes, mas que, apesar disso, não os exploravam da forma correta no ponto de venda. De maneira geral, as mercarias com maior saída devem ocupar mais espaço dentro da loja, afinal, são elas que estão fazendo sucesso com o público. Se determinado produto representa 30% das vendas, é indicado que ele também ocupe cerca de 30% da área de exposição. Já os itens de alta lucratividade devem ficar em áreas mais nobres e de maior destaque.
Referências: Sebrae-SP, Blog da Automatizando, Blog do Sebra-MS.
Acredito fortemente que é a partir das pequenas ações e mudanças que avançamos de maneira sólida. Se elas forem constantes nos manteremos sempre competitivos e em direção ao topo.
Reflita, pare e pense. Não deixe que seu dia te consuma!
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