Crise ali, crise aqui, crise em todo lugar. Tem outra palavra mais em alta do que essa? As pessoas realmente se importam com ela e dedicam sua vida a repeti-la. Então, o clima que não anda lá tão magnífico, ameaça a ficar insuportável…
Estamos vivendo um período de incertezas políticas e retração econômica. Acho que ninguém pretende fechar os olhos a essa realidade. Mas será que reproduzir o senso comum e entrar no banal jogo da “crise” são mesmo os únicos caminhos?
Em épocas como esta muitas pequenas e médias empresas se veem ou se consideram abaladas, mesmo antes de sofrerem um impacto real. Elas se comportam como se fossem vítimas do sistema, como se nada pudessem fazer diante das dificuldades “impostas”, porque, afinal, é bem mais fácil jogar a culpa em fatores externos. O que elas não percebem é que essas “dificuldades” existem apenas virtualmente e que são suas ações, estratégias e planos os verdadeiros definidores de seu sucesso, ou fracasso.
Oras, se render ao cenário estabelecido ou dar ouvidos a discursos derrotistas são opções apenas para quem já está perdido em seus objetivos. Se pensar bem verá que, na verdade, empresários, diretores e empreendedores que amam o seu negócio estão o tempo todo desbravando novos mares – é um impulso natural! Para eles, no fundo, o quadro apresentado é irrelevante. Eles sempre buscarão se superar, independentemente do panorama que os envolve. Em sua perspectiva não existem problemas ameaçadores, e sim situações, desafios e oportunidades. E essa é a gênese do espírito proativo e transformador!
Como agem os vencedores
Vencedores abrem janelas. Vencedores inovam | Fonte: The Huffington Post.
Olhe ao seu redor. Pesquise entre seus amigos. Leia na internet. Inúmeras companhias já estão começando a reduzir seus custos. Por quê? Oras, simplesmente porque disseram que esse é o melhor tipo de atitude a se tomar em períodos de limitações. É de praxe, não precisa haver mais nenhuma explicação pra isso, certo?
Errado, claro! Por favor meu querido leitor, minha estimada leitora, não sejamos simplistas ou reducionistas. Pelo contrário, vamos abrir os olhos, lembrar que as crises são passageiras e que as organizações mais promissoras se fortalecem justamente nas horas de turbulência. A Google está aí de prova, já que seu crescimento se deu logo após o estouro da chamada “bolha das empresas pontocom”.
É preciso enxergar o ouro nas situações e fazer a alquimia de transformar desafios em oportunidades. Mas primeiro é necessário desmistificar alguns pensamentos improdutivos, já impregnados no universo corporativo. O próximo passo é investir em inovação. Sim, investir, na contramão do mercado!
Entenda, enquanto todos ficam recolhidos, tímidos e amedrontados, o ambiente se torna mais e mais propício à diferenciação. Quem tiver (e aplicar) uma grande ideia pode se tornar uma referência inestimável, até mesmo entre a concorrência, até mesmo por toda posteridade. Ousadia é uma palavra bem-vinda nesse contexto, aliás. Se preferir, “ousadia calculada”.
Neste artigo publicado no site do Estadão, Renato Cruz conta que na época da crise de 2008 ele conversou com o então presidente do Conselho da Intel, Craig Barrett, que em quase quatro décadas já havia passado por mais de 10 crises econômicas. Segundo o colunista, a recomendação de Craig diante das intempéries baseava-se em ajustar a produção e manter os projetos de pesquisa e desenvolvimento. Em sua opinião, as companhias deveriam continuar a criar produtos e tecnologias, pois, caso contrário, elas sucumbiriam na retomada de crescimento da economia.
Ganhando fatias do mercado
Outra investida das marcas mais arrojadas nesta paisagem de estagnação é buscar ganhar fatias dos mercados concorrentes. Se houver falhas, elas tentarão corrigi-las, se não houver escolhas elas criarão opções e seja lá onde for, elas encontrarão brechas que possam ser preenchidas por suas soluções exclusivas.
Para alcançar seus propósitos, empresários visionários são enérgicos. Mesmo rodeados de incertezas, eles avançam e decidem ampliar os investimentos em inovação. Enquanto alguns “choram as pitangas” pelo “leite derramado”, eles viram o jogo com criatividade, inteligência e obstinação.
Agora resta decidir: você pretende ser aquele que dá as cartas, ou aquele que é levado pelas regras inventadas da partida? A escolha é só e somente sua.
Reflita, pare e pense. Não deixe que seu dia te consuma!
Referências: IDG Now, Estadão, Revista Época NEGÓCIOS, COMPUTERWORLD, ISTO É DINHEIRO.
Comments